29.3.12

Nitimur in vetitum

Little prince by Fabera [dA]



Eis que regozijou-se o seu coração com do desconhecido o júbilo. Sua respiração mantém-se compassada, a seguir um ritmo suave. O seu olhar - reflexo de um espírito em constante reflexão – está sereno, vidrado à beleza de um céu agitado desenhado com um sem-fim número de nuvens de cor de ferrugem, como se pintadas estas em tons pastéis, que se agitam como se com pressa para chegar n’algum lugar. No limiar de tal panorama o sol começa a se deitar sobre a relva de cor dourada. Morfeu lentamente estende seu negro manto sobre todas as cousas. É então neste simples momento que é-lhe permitido – seu coração em candura imerso – aos olhos fechar e o deleitar-se com a primal beleza do deslumbrar íntimo. Lançar-se ao desconhecido é conhecer-se a si mesmo.

[_29.02.12 – 00h32_]



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Bem... mais um escrito que, particularmente, não apreciei. Será que algum dia voltarei a escrever ao menos um pouco bem?...


W.G.
 

6.3.12

Fragmentum

Pandora by IgorSan (dA)


E então uma tormenta sem precedentes em seu cerne formou-se. De sua alma todas as lacunas foram gradualmente sendo preenchidas pela singular confiança do abismal verme... Sabia, e estava tão certo como em nenhum outro momento estaria, que rapidamente sua vida em negras chamas se consumiria.  O ardor nos olhos outrora tão brilhantes transformava-se agora em nada mais que soturno langor. Cria que sua vida sentido algum possuía, e, sem a si mesmo dar a liberdade do vacilar, o frio punhal em seu peito desnudo enterrou. Conforme a fria lâmina em seu coração adentrava, as lágrimas do que ter sido ele poderia em seus olhos se mostravam – e quase que incessantemente escorriam... Seu arrependimento – o único – é o de... [...]



[sem data]